quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

DERRAME CEREBRAL Explosão de cigarro eletrônico mata jovem

G1
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Um homem de 24 anos morreu no Texas depois que um cigarro eletrônico explodiu em seu rosto. O acidente ocorreu em 27 de janeiro quando William Eric Brown usava o dispositivo dentro de seu carro, parado em um estacionamento na cidade de Fort Worth, de acordo com informações da CNN.
Uma das peças cortou o lábio superior de Brown e se alojou em sua garganta. Ele foi levado ao hospital de ambulância mas faleceu dois dias depois. Segundo o boletim médico do Departamento de Medicina Legal do Condado de Tarrant, a peça causou um derrame ao danificar a artéria carótida da vítima, que fica no pescoço e fornece sangue para o cérebro, pescoço e rosto.
Ao perceber o acidente, funcionários de uma loja próxima ao estacionamento chamaram a ambulância. Segundo relatou a avó da vítima, Alice Brown, em entrevista ao jornal local Star-Telegram, o jovem havia acabado de comprar o cigarro em uma loja ao lado do estacionamento, mas a loja em questão negou que tenha vendido o dispositivo.
Em maio de 2018 um homem na Flórida também morreu depois de um acidente com cigarro eletrônico. Segundo informações da Reuters, Tallmadge D’Elia, de 38 anos, teve mais de 80% do corpo queimado depois que peças do cigarro que utilizava perfuraram seu lábio e atravessaram parte de seu crânio. A explosão causou um incêndio no quarto da vítima, onde seu corpo foi descoberto pelas autoridades.
Acidentes como esse são raros, segundo a Administração de Remédios e Alimentos (FDA, na sigla em inglês), agência regulatória do governo americano. As causas das explosões ainda não foram determinadas pela agência mas há indícios de que tenham relação com problemas na bateria dos dispositivos.
Em relatório publicado pela agência em 2017 foram relatados ao menos 195 casos de explosão ou combustão de cigarros eletrônicos desde 2009. A modalidade atrai especialmente os jovens: segundo a FDA, sua procura teve crescimento de 78% em 2018 em relação ao ano passado entre os adolescentes nos Estados Unidos.
No entanto, um estudo mais recente da Universidade do Norte do Texas mostra que acidentes decorrentes do uso de cigarro eletrônicos são subnotificados. Os pesquisadores estimam que cerca de 2 mil ocorrências do tipo tenham sido registradas em hospitais americanos de 2015 a 2017.
Em um guia publicado em seu site a FDA recomenda que os usuários não removam peças dos cigarros eletrônicos, como travas e filtros, e que sejam usadas apenas baterias adequadas para cada dispositivo. Além disso, a FDA indica ainda que os cigarros eletrônicos sejam recarregados em superfícies limpas, não-inflamáveis e por um período de tempo controlado, ou seja, não é ideal deixar os aparelhos conectados a uma fonte de energia durante toda a noite. Também é recomendado que eles não sejam mais utilizados se forem expostos a temperaturas extremas ou molhados.

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